Pesquisa Abrig 2023 aponta resultados promissores para atividade de RIG

O resultado da pesquisa da Abrig, intitulada "Perfil dos Profissionais de RIG 2023", oferece uma visão valiosa das tendências e dos desafios enfrentados pelos profissionais de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) no Brasil. Com um total de 50 respostas de associados da entidade, a pesquisa fornece informações sobre aspectos como experiência das empresas, demanda por profissionais, perfil desejado, remuneração e perspectivas futuras.


   A respeito do tópico “experiência das empresas”, no qual foi perguntado há quanto tempo a empresa está no mercado, pode-se observar uma variedade de experiências. Notadamente, 44% das empresas têm mais de 20 anos de experiência, o que indica uma presença estável e consolidada no setor de RIG. No entanto, 16% das empresas têm menos de dois anos, o que sugere um cenário dinâmico e de crescimento no setor.

   Os resultados revelam o quanto a dinâmica e o crescimento contínuo no setor de Relações Institucionais e Governamentais são fundamentais para acompanhar as mudanças políticas e regulatórias, permitindo que profissionais e empresas se adaptem, avaliem o impacto e possam defender seus interesses na relação público-privado.


   Sobre a distribuição geográfica, a pesquisa destacou a predominância das empresas de RIG com sede no Distrito Federal e em São Paulo, com 17 e 18 respostas, respectivamente, refletindo a influência das atividades institucionais e governamentais nessas regiões.

   O Estado de São Paulo representa um centro de influência econômica, onde as relações institucionais desempenham um papel fundamental na defesa de interesses empresariais, setoriais e na participação no processo decisório.


   Por outro lado, o Distrito Federal, como a capital do país, concentra as atividades governamentais do poder público, em especial na esfera federal, o que torna Brasília o local essencial para o estabelecimento de relações estratégicas com o governo e para a formulação de políticas públicas.


   A presença de empresas em outros estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará, Minas Gerais, Bahia, Rondônia e Santa Catarina, mesmo que menor, também é relevante, demonstrando a descentralização geográfica da atuação dos profissionais de RIG.


   Sobre a demanda por profissionais, onde foi perguntado se a empresa pretende contratar profissionais de RIG nos anos de 2023 e 2024, constatou-se que há uma demanda contínua por profissionais de RIG, com a maioria das empresas relatando a intenção de contratar nos próximos anos. Isso indica que a área de RIG é vista como estratégica para as empresas, fator importante para a consecução de seus objetivos, como influenciar políticas públicas e defender seus interesses no cenário governamental.

   Sobre o perfil desejado para os cargos, a pesquisa destaca a diversidade de posições e formações desejadas pelas empresas na contratação de profissionais de RIG. Desde diretores até estagiários, a amplitude de cargos reflete a multifacetada atuação desses profissionais nas organizações.

   A respeito da formação desejada, a pesquisa revela preferência por profissionais que possuam formação em Ciência Política e Direito. Também, observa-se que algumas empresas não têm preferência por uma formação específica, evidenciando a versatilidade e multidisciplinariedade da área de RIG, que pode atrair profissionais de diferentes formações educacionais. A flexibilidade constatada na pesquisa valoriza a diversidade e oferece oportunidades para profissionais de diferentes carreiras, que podem contribuir de forma eficiente e eficaz.

   A remuneração inicial para profissionais de RIG é diversificada, sendo 16 empresas remunerando entre R$ 3 mil e R$ 5 mil; 11 empresas entre R$ 2 mil e R$ 3 mil; nove empresas com salários maiores que R$ 8 mil; sete empresas entre R$ 5 mil e R$ 8 mil; e as últimas sete empresas com salários de até R$ 2 mil. Essa variação reflete o mercado dinâmico e a importância da negociação salarial nas contratações.

   A pesquisa sugere que a capacidade analítica é a habilidade mais valorizada pelos contratantes de profissionais de RIG, seguida pela experiência prévia e pelo conhecimento do processo legislativo. Esses resultados destacam a importância do rigor analítico e do entendimento do cenário político para o sucesso nessa área.

   As respostas sobre os setores que oferecerão mais oportunidades para profissionais de RIG nos próximos dois anos indicam uma ampla gama de áreas, incluindo tecnologia, saúde, sustentabilidade, energia e outras. Isso sugere que a demanda por esses profissionais é diversificada e em crescimento em diferentes setores da economia.


   Além disso, a pesquisa identifica diversas barreiras que afetam o desempenho da atividade de RIG no Brasil. Essas incluem falta de regulamentação, desinformação, preconceito, transparência e complexidade regulatória. A regulamentação, em particular, é destacada como um fator-chave que poderia melhorar a profissão.


   Os resultados da pesquisa da Abrig indicam um cenário promissor para os profissionais de RIG no Brasil. Em relação ao futuro das atividades no país, a pesquisa destaca a importância da contínua capacitação e formação dos profissionais, o conhecimento de estratégias e cenários, o entendimento do funcionamento do estado brasileiro e a visão pragmática da política, economia e sociedade.


Eduardo Fayet, vice-presidente da Abrig.

*Os conteúdos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista da Abrig.  

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